Ana, uma menina de 8 anos, precisou mudar para uma escola nova.
No primeiro recreio, sentiu o mundo correr sem ela.
As rodas de conversa já tinham ritmo, as brincadeiras já tinham regras; ninguém a chamava.
Encostada num canto, observa, deseja participar, mas não encontra a fresta por onde cabem seu nome, sua voz, seu corpo.
Do outro lado do pátio, Maria, uma criança que estava entrosada desacelera, repara na solidão de Ana, sustenta o olhar, oferece um sorriso, se aproxima e estende a mão.
Não há convite formal, nem um abraço ruidoso – apenas o reconhecimento silencioso de uma nova amiga em potencial.
Esse instante de passagem, quase imperceptível e, ainda assim, transformador na sua sutileza, é a natureza íntima do semissêxtil.
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